sexta-feira, 10 de maio de 2013

STEVE JOBS ETERNO CEO DA APPLE




E este dia já passou. Jobs: A cabeça da Apple?

 5 de outubro de 2012. O dia em que completou um ano da morte de Steve Jobs, eterno CEO da Apple. Desde que ficou doente da última vez, o que culminou em seu afastamento da companhia em meados de 2011, não faltaram questionamentos sobre a verdadeira veia inovativa da empresa, ou se as ideias e criações, que sempre giraram em torno do executivo, cessariam com seu afastamento.
 
Desde então vimos um novo iPad e um novo iPhone. No hardware, nada que se diferenciasse muito das versões anteriores, além de melhorias na tela. Não vou me aprofundar em tais questões, porque especificações técnicas realmente não são o objetivo. Há uma tendência sobre futuro dos produtos muito mais forte do que as versões atuais.
A principal inovação que veio desde então, e que, de fato, sequer chegou oficialmente, é o “mini-mim” do tablet da marca, que ficou conhecido informalmente no mercado como iPad Mini. Com tela entre oito e sete polegadas, contra as 9,7 polegadas do irmão mais velho, este foi o único projetou que partiu, ou teria partido, já que ele ainda não se configurou em uma realidade, da companhia sem o domínio de Jobs.  Em um ano.
O mais interessante disso tudo é que Jobs ridicularizou concorrentes quanto começaram a pipocar os primeiros “sucessores” de seu tablet. Com o apelo de diferenciação pelos displays menores, girando em torno de sete polegadas, o executivo não media apalavras ao garantir como eles eram imitações com algo a menos do que o seu produto. Na visão de Jobs, para ter um bom desempenho e garantir boa experiência do usuário, o tamanho mínimo de tela era o do iPad.
“Bem, pode-se aumentar a resolução da tela para compensar algumas diferenças. Mas é inútil, a não ser que seu tablet também inclua uma lixa, assim o usuário pode lixar seus dedos até mais ou menos um quarto da largura atual”, dissera, convicto, segundo notícias publicadas pela InformationWeek EUA.
“A Apple tem feito extensos testes com usuários em interfaces de toque através dos anos, e nós realmente entendemos disso”, completara. “Há limites claros de quão perto você pode fisicamente dispor elementos em uma touchscreen, antes que os usuários não possam confiantemente tocar, empurrar ou pinçá-los. Esta é uma das razões principais para falarmos que a tela de dez polegadas é o tamanho mínimo requerido para criar ótimos aplicativos de tablets”.

Mais recentemente, em agosto deste ano, foi revelado um e-mail que Eddy Cue, executivo da Apple, havia escrito em janeiro de 2011 para Tim Cook (atual CEO da companhia) revelando que tablets de sete polegadas possuíam sim um bom mercado. No texto, ele falava que “depois de falar várias vezes sobre isso com Jobs, ele havia sido mais receptivo da última vez”. Mas não há qualquer evidência de que Jobs tenha se mergulhado em um projeto sobre isso enquanto vivo. E estar mais receptivo não é estar de acordo.
Mas isso são especulações. Vamos falar sobre fatos. A Apple apareceu com um tablet quando ninguém – além da Microsoft e seu intento fora de timing dez anos antes – precisava de um. O mesmo ocorreu com o iPhone. E o mesmo com o iTunes, iPod. E, por que não, o mesmo com a interface gráfica do sistema operacional, roubada da Xérox, que logo foi “emprestada” pela Microsoft. Ninguém, tampouco, olhava para aplicativos móveis e comunidade open source de desenvolvedores até então.
Jobs criou demandas e modificou tendências no mercado. Um ano depois de sua morte, o mais próximo que sua empresa chegou de inovação foi um produto que ele refutava, com um design copiado daqueles que tentaram produzir algo parecido com o iPad. Vejam que ironia. Os novos dirigentes da Apple viram que existe um mercado para tablets de sete polegadas. E em vez de ficarem um ano pensando em um produto que criasse uma demanda, como sempre fez a Apple, passaram um ano especulando sobre um dispositivo recopiado, para atender a uma demanda do mercado.

No mínimo, estranho. Vamos aguardar para ver se não há nenhum bichinho diferente dentro desta maçã. Mas quanto tempo os applemaníacos aguentam esperar?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...